Preparava-me eu para ver o Benfica vs Nacional na TVI, quando a minha amiga Sandrinha me avisou que estava a dar na 2: “Loose Change”, um documentário esclarecedor sobre os acontecimentos do 9/11.

Ao contrário de Michael Moore que adopta um discurso por vezes um pouco populista (daí o seu sucesso nas salas de cinema) e aventa hipóteses mal fundamentadas nos seus documentários, Dylan Avery o autor de Loose Change adopta um raciocínio metódico, analisa notícias e reportagens provenientes dos Mass Media, testemunhos de cidadãos, cruza-as com outras fontes, com opiniões de peritos e o resultado é um documentário que nos mostra que “1+1=2”. Não há nada que enganar…

Entre outras coisas, mostra que os supostos aviões que embateram nas torres gémeas continuam ambos a voar, com a mesma matrícula na cauda. E este é só um exemplo…

Alguns links interessantes que encontrei numa pesquisa rápida. Parece que o filme está todo no Google Video, vale a pena ver:

loosechange911.com
Loose Change no Wikipedia
Loose Change no Google Video

Mas ferramentas como esta, os blogs e outras, trazidas pela Web 2.0 estão a alterar a discussão democrática, a participação dos cidadãos. Os Mass Media com o seu discurso one-to-many são uma arma poderosíssima que permitiu ao governo de Bush a disseminação de falsa informação e desinformação.

As democracias terão de alterar o seu funcionamento, tornar-se mais próxiamas dos cidadãos como afirma Giuseppe Granieri no seu livro “Geração Blogue”, e que já citei num post anterior: “Um dos problemas das nossas democracias deriva do facto de terem sido projectadas quando os Estados eram pequenos, quando as empresas eram pequenas, quando tudo em geral era menos complicado e menos global. (…) Os problemas são complexos e os media tradicionais estão a atravessar um mau momento na tentativa de os contar ao público. Para mais, os políticos são muitas vezes obrigados a assumir posições simples e esta espécie de hábito tende a ampliar as divisões e a levar a extremos. Uma cidadania mais activa da Rede poderia ajudar a realizar discussões alargadas sobre os assuntos complexos. Estas discussões por um lado iriam juntar-se ao trabalho corrente dos media e por outro conduziriam a um maior envolvimento politico das pessoas, que hoje se sentem muito distantes de quem as representa”

O que me assusta é a quantidade de pessoas que ainda hoje, um pouco por tudo o mundo, não tem acesso sequer a um e-mail, quando nós já estamos na Banda larga. Mas até este problema de exclusão tecnológica está a ser resolvido pelo MIT Media Lab, com o seu projecto de um laptop por criança para os países sub-desenvolvidos. Haja esperança numa nova democracia emergente, mais próxima do cidadão!…

Mas como estamos a falar de TV, a 2: tem um “doce” aos Domingos à noite: “Little Britain”, o humor corrosivo britânico. Do melhor! ;)… já a seguir!